domingo, 16 de maio de 2010

Relatória individual dos alunos

Relatório de Observação:

Nível: IV
Crianças entre 4à5 anos

ANA
Neste primeiro semestre, ela mostrou-se uma criança independente e gosta de auxiliar os colegas nas atividades de sala.
Tem confiança em suas respostas e gosta de mostrar seu trabalho aos colegas explicando sua idéia para todos.
Ana é uma criança muito comunicativa, fala frequentemente com os colegas e professoras. Compreende as explicações e responde as perguntas. Tem uma linguagem fluída e entende-se facilmente o que diz.
É capaz de explicar histórias, e contar para os colegas. Demonstra atenção e prazer de ouvir contos e textos.
Diferencia escrita de desenhos. Reconhece seu nome e de alguns colegas; copia seu nome sem modelo.
Conhece todas as letras e escreve silabicamente, colocando uma letra para cada sílaba; valoriza o som da vogal ou da consoante.
Reconhece e escreve os números até 20. Faz contagem oral quando solicitado em situações nas quais são necessárias.
Identifica as formas geométricas.
Conhece e nomeia todas as cores.
É capaz de descrever características de objetos por cor, forma, tamanho, textura, etc.
Compara quantidades entre conjuntos: “há mais”, “há menos”, “ igual”. Consegue juntar quantidades.
Realiza seus hábitos de higiene adequadamente.
Agrada-lhe passear e fazer excursões. Participa ativamente das manifestações culturais ou festivas.
Nomeiam as pessoas de sua família, as dependências da sua casa e da escola e conhece suas utilidades.
Agrada-lhe atividade plástica, como: modelagem, desenho, pintura com tinta, etc.
Mostra-se muito participativa nas atividades musicais. Canta respeitando a entonação e consegue recordar-se das canções e fragmentos de musicas trabalhas.
Segue o ritmo de uma música com o corpo e mostra graça e coordenação quando dança.
Explora diferentes qualidades e dinâmicas do seu movimento, como força, velocidade, resistência e flexibilidade, conhecendo gradativamente os limites do seu corpo.
Quanto ao projeto do segundo bimestre no qual foi trabalhada pintura, vimos que ela ficou entusiasmada ao abordamos esse tema, por conhecer todas as cores e não saber que misturando uma cor com outro surgi novas cores, e quando descobriu que misturando vermelho com amarelo resulta na cor laranja, começou a fazer diversas misturas, primárias com secundárias e até mesmo secundarias com terciárias. Demonstrou interesse ao pintar com o auxilio do canudo tornando assim uma grande brincadeira.

Dislalia

Como trabalhar as ilustrações de vocabulário

Sentados em círculo, o professor mostra uma ficha e pede que pronunciem o nome do desenho mostrado. Numa conversa informal, incentiva a pronúncia correta, sem intimidar quem errou, apenas repetindo da forma certa a pronúncia.

Sentados em círculo, fichas ilustradas embaralhadas no centro, o professor pede que cada um retire uma carta e não mostre aos colegas. Em seguida, um a um, devem fazer a mímica dos desenhos ou ilustrações que pegaram e os demais tentarão adivinhar. Ou seja, sem perceber, a criança estará pronunciando vários nomes e palavras, na tentativa da adivinhação. O professor deve ficar atento e incentivar a pronúncia correta dos nomes;

Sentados em círculo, cada um apanha uma carta. Uma criança começará uma história a partir da carta que pegou e os demais devem continuar a história, sempre incluindo o nome do desenho ou ilustração que está em seu poder. Por exemplo: Augusto pega a carta de um cachorro: "Era uma vez um cachorro". Se Augusto pronunciar "tachorro", deve ser incentivado a pronunciar novamente, sem no entanto, desejar resultados imediatos. É preciso ir com paciência para não causar constrangimento e apelidos. Paulo dará continuidade: "Era uma vez um cachorro e ele encontrou um gatinho...". Assim sucessivamente, cada qual deve acrescentar algum novo fato à história, até que tenham um final. Em classes cuja faixa etária permita, pode ser feito o registro do texto por parte dos alunos.

Lancheira

Porta Fosfóro

Calendário

Porta história

Porta ficha com nomes dos alunos

Avaliação na Educação Infantil

Avaliação na educação infantil – segundo Hoffmann

Penso que nós professores temos que ultrapassar as fichas classificatórias...
Hoffmann (2002)

É urgente analisar o significado da avaliação no contexto próprio da educação infantil, resgatando os seus pressupostos básicos e evitando tenazmente seguir modelos da prática classificatória da escola tradicional. É possível fugir de quaisquer procedimentos classificatórios e seletivos que imperam no ensino regular.É preciso, portanto, re-significar a avaliação em educação infantil como acompanhamento e oportunização ao desenvolvimento máximo possível de cada criança, assegurando alguns privilégios próprios dessa instância educativa, tais como o não-atrelamento ao controle burocrático do sistema oficial de ensino em termos de avaliação, e a autonomia em relação à estrutura curricular (p.14).
É importante pensarmos sobre isso...
Hoffmann (2002)
Daí, a extrema importância, no meu entender, de se ultrapassar fichas classificatórias de avaliação e pareceres descritivos superficiais e comportamentalistas, e se alcançar a elaboração de relatórios que contemplem o próprio dinamismo do processo de desenvolvimento infantil. Relatórios que contemplem o dia-a-dia da criança e do professor, que possibilitem acompanhar a história de vida da criança numa instituição de forma a representar o elo entre as ações educativas desencadeadas por educadores que trabalhem com ela nos diferentes níveis de educação infantil (p. 50).
Acreditamos que a autora propõe o uso de relatórios pelos professores para avaliar a criança, o que para muitos de nós é um “bicho de sete cabeças”. O que ela enfatiza é que devemos aprender a descrever em vez de comparar a criança, como nas chamadas “fichas de avaliação” acontece. Bassedas, Huguet e Solé (1999), sobre isso, afirmam: “pensamos que um comentário individualizado feito pela professora sempre é mais rico do que uma cruz ou um sublinhado nas pautas já impressas em um papel” (p.188). Concordamos com as autoras quando dizem da riqueza deste registro individual do aluno. Acreditamos que esta forma de se expressar, principalmente para os pais, é muito bem-vinda, pois lerão algo que fala exclusivamente do seu filho. E verão no professor alguém que se preocupa com o crescimento e desenvolvimento da sua criança.
Quando documentamos, somos co-construtores das vidas das crianças e podemos perceber como nos relacionamos com a criança de outra maneira. Freire (2001) diz que “o registro permite romper a anestesia diante de um cotidiano cego, passivo ou compulsivo, porque obriga a pensar”. A nossas descrições, documentações e observações são construídas e são formas as quais podemos utilizar para conhecer a criança.
A documentação, a observação e o registro são aspectos que devemos desenvolver em nossa prática pedagógica, pois são meios que utilizamos para ver a criança no seu grupo e individualmente, lançando mão de instrumentos que possibilitem identificar situações que nos chamam a atenção a respeito da criança. Também que, possivelmente, temos que perceber se nosso planejamento pedagógico contempla o nível de desenvolvimento proposto naquele momento. Sendo assim, estes aspectos sobre a criança realmente nos obrigam a pensar e a refletir o dia-a-dia da sala de aula.
Vários autores sugerem alguns aspectos importantes de que um professor deve “lançar mão” para então poder elaborar um relatório de avaliação da criança. Rovira & Peix (2004) esclarecem:

A observação estará relacionada com os seguintes aspectos: Evolução integral da criança: aspectos físicos, psicobiológicos, maturativos. Condutas atitudinais da criança no que se refere às diferentes atividades, ao espaço, a seu ambiente, à escola, às pessoas. Relações sociais e afetivas com as outras crianças, com os adultos. Hábitos pessoais, sociais e de trabalho. Estratégias de aprendizagem das diversas áreas e linguagens curriculares. O jogo nas diferentes manifestações: livre ou dirigido. Atitude do professor em relação ao próprio grupo e a outros adultos. As relações escola-família. Características que oferece o ambiente escolar: distâncias, meios de transporte, componentes socioculturais. A própria escola, os recursos, os materiais, sua funcionalidade, sua utilização (p.388).
Acredito que quanto maior for a consciência das nossas práticas pedagógicas, maior a nossa possibilidade de mudar por meio da construção de um novo espaço, de uma nova proposta de avaliação. Isto pressupõe que nós devemos nos envolver em uma auto-reflexão contínua, levando tudo isso como um desafio para a nossa própria documentação pedagógica, e a maneira como temos nos constituído como professores.
Entendo que devemos refletir a nossa prática e o nosso discurso de forma crítica, pois, por meio da observação e documentação do nosso fazer, podemos ver e questionar a nossa imagem que temos de criança, os discursos que incorporamos e produzimos e que voz, direitos e posição a criança adquiriu em nossas instituições dedicadas à primeira infância.